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Capitulo
4 – A festa.
Chegando há praça juntamente com a rainha
Meliamne, Alice notou que já havia uma significativa aglomeração de pessoas, na
verdade de elfos de todos os tipos. E então se lembrou de que Gollvaethor
dissera que estaria na fonte esperando por ela.
- Rainha Meliamne! Posso
pedir uma coisa?
- Sim Alice, pode falar.
- É que preciso me encontrar
com uma pessoa – Falou a menina – Então, se você não se incomodar...
- Claro que não me incomodo
querida, pode ir! – Falou a rainha – E mais uma coisa, Relacionamentos entre
elfos e humanos são proibidos...
- Mas eu não... –
Interrompeu a garota – Eu não tenho a intenção de...
- Fique tranquila Alice –
Interrompeu-a a rainha – Eu também não concordo com essas regras bobas, é só
não deixar ninguém saber!
- Rainha Meliamne, eu não...
– E desistiu de tentar explicar – Tudo bem.
- Tchau garota! Divirta-se!
-Pode deixar – Disse ela, e
saiu, dirigindo-se a fonte.
Chegando à fonte, viu que não havia ninguém
lá, então decidiu que iria esperar, pois havia chegado razoavelmente cedo, e a festa
ainda nem havia começado. Esperou e esperou, até que viu uma figura masculina
com orelhas pontudas se aproximando, perto o bastante para que percebesse que
não era Gollvaethor, e sim Kaléc, que estava com um cachecol azul que parecia
fazer parte do seu cabelo. Ele, pensou Alice, não fazia a mínima ideia do
significado de moda.
- Oi Alice! – Cumprimentou-a
Kaléc – O que faz aqui?
- Estou esperando
Gollvaethor – Disse ela – Ele disse que me esperaria aqui, mas até agora não
chegou.
- Elfos escuros... –
Sussurrou baixinho, meio que para si mesmo.
- Oque? Elfos escuros?
- Tudo bem - Falou Kaléc –
Sinto que você é confiável, acho que devo contar-lhe a verdade.
- Ha ha ! Acho que sou mesmo
– Falou Alice - Você é a segunda pessoa que me diz isso hoje. Pode falar se
quiser.
- Tudo bem, mas acho melhor
você sentar, pois a história é longa!
“Gollvaethor nem sempre foi
um de nós, ele pertencia a uma raça inferior e totalmente sombria, os elfos
escuros. E ele e sua irmã Naeret, nasceram um pouco diferentes do resto da
raça. Como todos nós elfos aprendemos desde pequenos, ou elfos escuros tem a
pele escura e seus cabelos são brancos, e como você já pôde perceber Naeret e
Gollvaethor tem a pele totalmente pálida, e seus cabelos são escuros. A chance
disso acontecer entre elfos escuros (segundo o meu livro de ciência élfica) é
de dois em mil anos. Essa diferença lhes trouxe muitos problemas, um deles era
a humilhação e repressão constante que sofriam por parte das outras pessoas do
clã. Não muito tempo depois, sua mãe, a única pessoa que eles ainda amavam,
veio a falecer, e quando Naeret tinha doze anos e Gollvaethor dez, eles não
concordavam com os princípios e as maldades feitas pelos elfos escuros, isso e
mais outros motivos, foi o que os levou a sair de casa e vir parar aqui. A
principio ficamos meio acanhados em recebê-los, pois pertenciam a outra raça
élfica, mas depois de saber sobre sua história aceitamos a sua estadia.
Conforme foi crescendo, Gollvaethor se destacou mais que qualquer um no arco e
flecha, e Naeret sabe manusear perfeitamente uma harpa mágica ou conjurar
feitiços. Mas não acho que eu deva confiar neles. “
- Mas por quê? Eles parecem
ser boas pessoas – Falou Alice – E como você mesmo falou, nenhum dos dois
concordava com os princípios dos elfos escuros.
- Mas quem já foi um deles,
nunca deixa de ser o que é. – Falou o elfo – Em minha opinião você deveria se
afastar dele, vai acabar te trazendo problemas.
- Prefiro me arriscar –
Disse ela – Aliás, porque será que ele está demorando tanto?
Gollvaethor já estava se aproximando do
local, mas só era visível do ponto de vista de Kaléc, que mantinha os olhos
fixos nele, Alice se virou para ver o que tanto tirava a atenção do garoto, o
que não foi possível, pois Kaléc segurou-a pelo braço, forçando-a a olhar pra
ele, nesse instante, ele se inclinou para ela e beijou-a. Os lábios dele abriam
e fechavam os dela, em um movimento uniforme e suave, mas ao mesmo tempo
desagradável, era como se alguma coisa estivesse sendo tirada dela. Não era o
que queria, não era quem queria, não para o seu primeiro beijo. Então o
empurrou, afastando-se dele, a primeira coisa em que pensou foi em Gollvaethor,
como ele deveria estar se sentindo, tudo bem, se conheciam há apenas um dia,
pensou, mas não era justo marcar um encontro com uma pessoa, e chegar e
perceber que ela está beijando outro cara. E ela simplesmente não ia deixar
barato para Kaléc.
- Porque você fez isso? –
Perguntou a menina.
- Há há ! Então você não
gostou?
- Não é isso seu idiota! –
Disse ela – Você só fez isso porque o Gollvaethor estava vendo.
- Tirou as palavras da minha
boca – Falou Kaléc – Quem liga para aquele elfo escuro?
- Tudo o que você tem é
inveja dele, das muitas coisas e habilidades que ele conquistou, mesmo sendo
oque é. – E bateu com tudo no rosto de Kaléc, deixando marcas vermelhas de dedos
finos.
- Alice, eu não sabia que
você...
Mas não teve chance de terminar a frase,
pois Alice havia corrido para procurar Gollvaethor. Aparentemente a festa já
havia começado, pois já era possível avistar mulheres com vestidos feitos de
flores e outros com esmeraldas, e homens com seus elegantes trajes de gala, e
lembrou-se do quanto era difícil correr com saltos tão altos. Felizmente encontrou
Gollvaethor em um ponto um pouco isolado, sentado em baixo de uma árvore com
galhos inclinados para frente, e folhas que formavam uma espécie de cortina
verde.
- Oi – Era a única coisa que
podia falar.
- Oi – Respondeu ele, e
indicou um lugar em meio á grama para que se sentasse, e ela o fez.
E ficaram em silêncio por longos e
intermináveis minutos, até que Alice resolveu fazer uma pergunta que estava
presa na garganta.
- É verdade? – Sibilou –
que... Você...
- Que eu oque?
- É verdade que você é um
elfo escuro? – Deixou escapar.
- Sim, quem falou isso á
você?
- Kaléc, ele disse que você
e Naeret eram um pouco diferentes do resto deles.
- E somos, desde pequenos
nunca concordamos com os métodos deles – Disse ele – Então, nossa mãe, que
também não concordava, foi taxada de traidora, e enviada á uma missão suicida,
aonde veio a falecer. Depois disso nós passamos a morar com um tio, apanhávamos
todos os dias, sem exceção, foi quando decidimos fugir, e viemos parar aqui.
- Mas eu não entendo – Falou
Alice – Por que Kaléc tem tanta raiva de você?
- Isso você vai ter que
perguntar para ele, por que sinceramente eu não sei.
- E... Porque você correu
quando nos viu na praça?
- Acho que não seria certo
dizer “Você sabia que eu gostava de você” em uma situação em que os sujeitos se
conhecem a menos de vinte e quatro horas – Disse ele, e suas bochechas
enrubesceram – Mas, acho que gosto mesmo de você, é bem corajosa, para uma
humana.
- Você acha? –Disse ela –
Quero dizer... Que bom que você acha!
- Há Há! Você é meio confusa
às vezes, gosto disso.
- Acho que – Ela já estava
começando a se sentir desconfortável com aquele clima – Deveríamos voltar para
a festa.
- Boa ideia, cantar parabéns
pra uma fênix – Disse ele com um tom de ironia – Parece ser muito divertido,
não acha?
- Tudo bem, podemos ficar
aqui. Só mais um pouco – Alertou.
- Então, oque você gosta de
fazer no tempo livre? – Virou-se para encarar a garota.
- Espera, isso é um
encontro? – Perguntou ela. Já estava ficando toda vermelha.
- Acho que sim – Falou o
elfo – Deve estar sendo incrível para você, a idéia de estar saindo com um
elfo, principalmente um tão atraente quanto eu – E sorriu.
- Por favor, não se gabe
tanto.
- Foi mal – Deu de ombros.
- E, respondendo a sua
pergunta – Falou Alice – Eu quase sempre jogo vídeo game ou fico assistindo
animes ou doramas até tarde.
- Não faço ideia do que
signifique isso – Ele parecia realmente confuso – Quando eu não tenho nada para
fazer, geralmente eu treino arco e flecha. Sabia que eu já consegui o título de
melhor arqueiro do reino inteiro?
- Acho arco e flecha legal –
E uma ideia veio á sua mente – Ei! Será que você poderia me ensinar?
- Claro! – Ele parecia
bastante animado com a ideia – Podemos começar amanhã quando o sol nascer. Tem
um lugar que só eu sei onde fica, e é perfeito pra treinar. Oque você acha?
- Pode ser – Disse ela –
Agora... Vamos para a festa? Por favor, eu quero muito ver uma fênix!
- Tudo bem, se você insiste.
Levantaram-se, e foram para o local onde a
festa estava sendo realizada. Agora, notou Alice, havia muito mais pessoas,
todas com suas orelhinhas pontudas, e seus olhos diferentes. Pela primeira vez
naquele lugar, sentiu-se como se estivesse em casa, e certamente achava aquele
mundo muito mais interessante que o dela. No centro da praça, ao lado da fonte,
estava a graciosa fênix da rainha, essa por sua vez, estava segurando uma coroa
maior que suas duas mãos juntas, e pronunciava algumas palavras em homenagem á
fênix.
- Parabéns minha princesa,
pelos seus dois mil anos de vida – E colocou a coroa na cabeça do bicho, que
respondeu com um gesto de carinho para com a rainha. Muitas pessoas a cercavam,
e algumas até choravam de emoção.
- A rainha nuca teve filhos,
então faz tudo pela sua fênix de estimação – Disse Gollvaethor, dirigindo-se á
Alice – Às vezes tenho pena dela.
“Isso é por que ele não sabe
da verdadeira história da rainha, pensou Alice”.
- Vamos pegar algumas
bebidas naquela mesa ali, eu estou com sede – Disse ela, apontando para a mesa
que ficava no canto esquerdo da praça.
- Vamos – Falou Gollvaethor,
com um sorrisinho no rosto quando chegaram à mesa – Você vai adorar, é bebida
feita pelos Góblins, pode causar alucinações bizarras, eu acho divertido. Quer
provar?
- Por que não, não é?
E pegaram dois copos, onde se concentrava
um liquido prateado espesso. Quando
bebeu, Alice sentiu uma leve tontura, e quando percebeu, ela e Gollvaethor
estavam dançando na frente de todas aquelas pessoas, e sua música favorita
tocava, em seguida, Gollvaethor desapareceu, e deu lugar a um unicórnio, que
lhe oferecia bolinhos e chá enquanto dançava. Depois disso, tudo ficou preto, e
ela não viu mais nada.
Ele se sentia tonto, e não se lembrava de
nada que havia acontecido na noite passada. Seus olhos ainda estavam fechados,
e ele percebeu que estava tocando em algo macio e redondo, e apenas quando
abriu os olhos pôde saber do que se tratava, e afastou rapidamente as mãos, mas
não antes que Alice acordasse e visse o que ele estava fazendo. Os dois se
entreolharam, e tudo o que conseguiram fazer foi gritar de susto.
- Até que enfim vocês dois
já acordaram, pensei que iriam ficar dormindo o dia inteiro – Falou Naeret, que
tinha acabado de entrar no quarto.
- O que aconteceu com a
gente ontem? – Perguntou Alice.
- Vocês tomaram bebida de
Góblin de mais, e desmaiaram – Disse Naeret, que parecia estar se divertindo
com a situação – Então, já que vocês ficavam tão fofinhos juntos, resolvi
coloca-los aqui. E se vocês acordassem no meio da noite e...
- Não precisa falar! Nós já
entendemos! – Os dois falaram ao mesmo tempo, formando um coro.
- Aliás – Falou Gollvaethor
– Que horas são?
- Quase quatro da tarde –
Afirmou Naeret, olhando para seu relógio de pulso.
- Gollvaethor! Você disse
que me daria aulas de arco e flecha ao amanhecer! – Exclamou Alice.
- Então, é melhor irem logo,
antes que anoiteça – Alertou Naeret.
- Naeret! – Exclamou Alice
ao ver o que estava vestindo, enquanto levantava-se – O que significa isso?
Ela estava vestindo shorts de pijama mais
curtos que o normal, e uma camiseta com o desenho de um arco-íris, e no final
dele um unicórnio. E estavam escritas as seguintes palavras: “Yeah! Rock elf!”.
- É o meu pijama – Disse ela
– Você não podia dormir com aquela roupa. E até que ficou fofinho em você.
- O que significa “Yeah!
Rock elf”? – Perguntou Aice.
- É a banda de rock do meu
namorado – Falou Naeret.
- Alice, estou pronto! –
Falou Gollvaethor, o que a fez se perguntar se os elfos utilizavam de magia até
para se trocar. – Estarei esperando por você na sala de estar. – E retirou-se
do local.
- Legal, elfos curtem rock –
Falou Alice, enquanto vestia uma calça jeans e uma camiseta de Naeret, que se
encaixavam perfeitamente nela.
Quando terminou, se dirigiu até a sala de
estar, onde encontrou Gollvaethor, que segurava dois arcos e uma aljava, que
continha várias flechas. Depois de se despedirem de Naeret, que fez as devidas
recomendações que uma irmã mais velha faria, seguiram para o tal lugar secreto
de Gollvaethor.
- Já estamos chegando não é?
– Perguntou Alice, estupefata – Nós já estamos andando á duas horas, e nada!
- Acho que eu já estou
avistando a floresta – Alertou-a.
- Porque não podíamos vir
com Tritanus? Seria muito mais rápido, e menos cansativo.
- Nem ele poderia saber onde
fica, eu já disse, é secreto.
- Se ele não pode saber –
Disse ela – Porque eu posso?
- Porque sinto que posso
confiar em você.
- Acho que pode confiar
mesmo – Disse ela – Pois você é a terceira pessoa que me fala isso.
- Chegamos – Falou
Gollvaethor, ignorando sua afirmação.
Estavam em meio a uma floresta que fez
Alice coçar os dedos para pegar lápis e papel e desenhar o que estava
presenciando. O lugar parecia demasiadamente sombrio, árvores secas se
entrelaçavam umas nas outras, tornando o lugar completamente escuro, e sem
qualquer luz natural, um lugar nada agradável para treinar.
- Você tem certeza que quer
treinar nessa floresta dos horrores? – Perguntou-lhe Alice.
- Esse não é o lugar – Disse
ele – Aqui é território Orc, de maneira alguma poderíamos treinar aqui.
- Então treinaremos aonde?
- Em uma dessas árvores há
um portal – Disse ele – Que leva á um lugar que ninguém conhece, é lá que
iremos treinar.
- Um mundo mágico dentro de
um mundo mágico – Disse ela – Quem diria.
Espero que tenham gostado !! Não esqueçam de comentar !!
Por: Giovanna Berson
Adorei *---* gente amei aceita afiliação?? amo seu blog e queria ter você lá na minha elite aceita?? se sim segue o blog e comenta lá ok pra mim te colocar... bjss
ResponderExcluirhttp://things-of-kawaii.blogspot.com.br/
Que legal!! =)
ResponderExcluirBom domingo.
Beijos,
Julie | http://www.juliechagas.com/
Amiga que lindo texto espero o próximo.
ResponderExcluirtenha uma semana abençoada.
Blog: http://arrasandonobatomvermelho.blogspot.com.br
Canal de youtube: http://www.youtube.com/NekitaReis
Adorei, muito criativo!
ResponderExcluirhttp://dr-eaming.blogspot.com.br/
Oiii! Não tinha lido os capítulos anteriores ainda pois estava um tempinho fora da blogosfera, mas já voltei e já li todinhos hahahahah tá muito criativo, continua :3
ResponderExcluircoff-cake.blogspot.com
Ameei, não tinha lido os capítulos anteriores, vou reservar um tempinho para ler os anteriores ♥, Amei o seu blog viu ??, já estou seguindo, Beijão e Muito Sucesso ♥ ♥ ♥...
ResponderExcluirhttp://coisas-milly.blogspot.com/
É você que esta escrevendo a série de textos?
ResponderExcluirSe for, meus parabéns.
Uma ótima semana, G.R ♥
http://gabriellyrosa.blogspot.com
Bem legal!
ResponderExcluirhttp://surejustnot.blogspot.com/
Arrasou no texto!!!
ResponderExcluir- Resenha nova no blog sobre um esfoliante bombástico ;)
Beijoss *-*
==> Blog Resenhas da Pâm
haha, sempre da pra adaptar um pouco ao seu estilo, você poderia adaptar destrua este livro ao mundo dos animes, mangas e tals . ia ficar lindo.
ResponderExcluirAbraços, Edwin.
www.oquefaltou.com
Adorei, você tem imenso jeito para escrever!!!
ResponderExcluirObrigada por seguir, eu tentei seguir mas não consegui. Eu vou voltar a tentar, ok??
Venha ver os novos posts do blog e de deixar um comment!! Fico à sua espera!!!
Beijos :)
http://fashion--and--you.blogspot.pt/
Wowwwwww, que história foda. Quantos elfos, quantos nomes bonitos UHAUHAHHAU adorei!
ResponderExcluirBeijos! http://sugar-dance.org/blog
Muito legal eu comecei a acompanhar e adorei a historia!
ResponderExcluirBeijos Jéssica R. Coelho BLOG
Vou ver os anteriores !
ResponderExcluirFiz meu blog recentemente, para poder compartilhar meu emagrecimento e minha atual vida saudável!
Conheçam :
www.semlutasemvitoria.com
facebook.com/semlutasemvitoria
Vai ser um prazer te retribuir !